quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um pequeno resumo das coisas que aprendi no mundo empresarial português

Ao longo do meu percurso profissional, várias figuras de proa da indústria portuguesa deram-me vários conselhos importantes, muitos dos quais fiz questão de anotar. Aqui fica um breve resumo desses ensinamentos que, curiosamente, incluem bastantes referências a animais.

Em primeiro lugar, cada caso é um caso. Temos de pôr os pontos nos ii e os traços nos tês. Não pode ser oito nem oitenta, pois a pressa é inimiga da perfeição, mas temos sempre que ter em conta que quem não arrisca não petisca. O importante é agarrar o boi pelos cornos, ter a coragem de chamar o boi pelo nome e nunca, sob nenhuma circunstância, pôr a carroça à frente dos bois. Devemos sempre ter calma e tranquilidade, mas parar é morrer. A gente vai andando e devagar se vai longe. Lembrem-se sempre: quem corre por gosto não cansa, mas quanto mais depressa, mais devagar.

Temos é que estar atentos: gaivotas em terra, temporal no mar. Aliás, há mar e mar, há ir e voltar. E por falar em água, quem anda à chuva, molha-se, e existe gente por aí que estava mesmo a pedi-las. Especialmente em Abril, onde as águas são mil. Para quem não gostar de mar, sempre existe a montanha, e se por acaso Maomé não for à montanha, não se preocupem, a montanha virá a Maomé. Mas atenção: não é para quem quer, é para quem pode.

O importante é saber a verdade, que é como o azeite: vem sempre ao de cima, e mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. Só não estiquem a corda, pois quanto mais alto, maior é a queda. Cão que ladra não morde e quem não tiver um cão para caçar, que cace com gato. O pior é quando a curiosidade mata o gato. Tenham sempre a noção de que quem vai à guerra, dá e leva, pois podem ser presos por ter cão e também presos por não ter.

Tudo é preciso. Tudo é importante. É preciso fazer tudo.Uma pessoa deve experimentar. Não se deve falar mal das coisas sem se experimentar, mas é a falar que a gente se entende. Rir também é necessário, mas muito riso, pouco siso. Com pouco siso, a vida pode correr mal, mas não devemos chorar pelo leite derramado, pois perdido por cem, perdido por mil, e nunca devemos esquecer que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. E já agora, de grão em grão, enche a galinha o papo.

Uma das coisas mais importantes que me ensinaram é que mulher ao volante é um perigo constante. E não devemos pôr uma colher entre ela e o marido. É a lei. A lei é dura mas é para cumprir. A lei é a lei. É a vida. A vida é a vida. Só temos uma vida e a vida é para viver. Desde que haja saúde, não é? O amor é bonito e temos de ser uns para os outros. Hoje por ti, amanhã por mim. Temos é que seguir em frente, pois águas passadas não movem moinhos, o que é estranho, pois quem vive de passado é museu. Enfim, tudo está bem quando acaba bem. Quem ri por último, ri melhor. Até amanhã, se Deus quiser.

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