terça-feira, 2 de julho de 2013

Fim da coligação: primeiras notas

- Não vi ninguém do CDS na tomada de posse da Maria Luísa Albuquerque. O que foi noticiado foi a demissão do ministro de Estado e Negócios Estrangeiros; a ruptura da coligação, ainda que previsível, não está oficializada. Assim, os ministros e secretários de estado do CDS faltaram à cerimónia, seguindo Paulo Portas como ovelhas que são. Se Portas tivesse elogiado a escolha de Maria Luísa Albuquerque, teriam comparecido, sorridentes, aprumados e igualmente elogiosos.

- Cavaco Silva está aliviado. Já não está nas suas mãos a queda do governo.

- A saída de Vítor Gaspar, pouco antes da última avaliação da troika, deixa-nos com um futuro incerto, mas deveras preocupante. Os juros da dívida, esse sugador demoníaco que faz a Merkel esfregar as mãos, já dispararam.

- O grande problema das políticas erróneas deste governo é que ficaram coladas a uma definição de "ultra-liberalismo" rotulada de forma leviana e demagógica. Terá uma consequência óbvia: uma guinada brusca do próximo Executivo na direcção contrária a este ultra-liberalismo, sem consciência que irão esbarrar num muro de dívida e défice.

- António José Seguro será o próximo primeiro-ministro, mais precocemente do que era preconizado. A única hipótese, altamente remota, de isto não se verificar é a demissão de Passos Coelho e a ascensão de um candidato do PSD que esteja publica e politicamente incólume e credível. Veremos se AJS conseguirá a maioria absoluta; quer consiga, quer não, Paulo Portas, para salvar o próprio couro, cavou ainda mais a vala em que o país se encontra soterrado.

2 comentários:

  1. A minha amiga Angie não tem culpa que os políticos portugueses sejam uma corja de idiotas e incompetentes, meu caro Diogo!!!

    Venha daí o Toninho e Portugal vai afundar-se completamente.

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  2. Não dá para colocar uma entoação irónica na palavra escrita.

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